“Nós devemos estar fazendo algo de muito errado no turismo brasileiro, posto que não temos uma indústria turística competitiva em termos globais”. A afirmação é de Luiz Del Vigna, da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), durante palestra de abertura do Fórum Internacional de Turismo do Iguassu.
Del Vigna afirmou que o Brasil tem todas as características para ser uma potência no turismo internacional, mas não sai do canto. Por quê?, questionou. O técnico em turismo e viajante apaixonado afirmou, ironicamente, que o país deve ser muito feio ou, aí sim de forma taxativa, os governantes e representantes do setor são muito incompetentes.
Na opinião dele, o mundo está muito urbano, está muito caótico, muito conectado. Diante desse caos da modernidade, surge uma nova oportunidade para o turismo de natureza, uma nova oportunidade no Brasil. “A sociedade precisa ser repensada, precisa de uma nova forma de organização, uma nova economia”, disse Del Vigna.
Para o representante da ABETA, é preciso resgatar a relação do homem com a natureza, com a valorização da cultura ao ar livre no Brasil. “Essa é uma bandeira muito importante para nós da associação. Nós entendemos que o mundo contemporâneo precisa disso. Não somos contrários a tecnologia, aos carros, mas o ar livre é estratégico ao País”, concluiu.
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