[Blog do Festival] Itaipu tem o melhor outubro da história e volta a dar espetáculo no vertedouro

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Em um ano de cenário hidrológico desfavorável em boa parte do País, a usina de Itaipu voltou a bater recorde de geração. A binacional registrou o melhor  outubro  em  34  anos  e  meio  desde  o  início de sua operação. O desempenho  excepcional  da  geração  se  deve à grande quantidade de chuva registrada  na  área  do  reservatório  (mais de 300 milímetros no mês, bem acima  da  média  histórica),  aliado  à  boa coordenação operativa da área técnica,  que  trabalha  em sinergia para garantir uma produção eficiente e sustentável.   

No   mês   passado,   a   Itaipu  contribuiu  com  8.782.585 megawatts-hora  (MWh)  para  o sistema elétrico do Brasil e do Paraguai. A  performance  da  usina  em outubro e no acumulado de 2018 tem sido bastante  satisfatória. Quatro indicadores técnicos dão uma boa noção desse panorama.  As  unidades  geradoras  estiveram  disponíveis  para geração em 98,31% do mês e 97% do ano. Já a indisponibilidade forçada dessas máquinas, índice  que mede suas falhas intempestivas, foi de apenas 0,06% no mês e de 0,09% no ano.

O  FCO,  índice que mede o percentual de água que passou pela usina e efetivamente  virou  energia,  ou  seja  MWh,  foi  de 99,6% no mês e até o momento, tem sido de 91% no ano.

Outro  dado  importante  é  o  índice  ISIN, um indicador que faz uma composição  de  mais  de  15  referências, cujo objetivo final, é o medir a qualidade com que a usina está atendendo os Sistemas Interligados Nacionais brasileiro  e  paraguaio.  Em outubro, conforme gráfico anexo, o ISIN ficou sistematicamente acima dos 75%, considerado um excelente patamar.

Segundo  o  diretor  técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini, a expectativa  é  fechar  2018  com uma produção excepcional. “É possível que coloquemos  a  geração deste ano entre as cinco melhores da nossa história, excluindo o ano de 2008 desse ranking de excelência.”  E  conclui:  “Se isso acontecer, confirmaremos o processo contínuo de eficiência  operacional  da  área técnica da usina, uma vez que todos esses cinco  anos  são  recentes:  2016, 2013, 2012, 2017 e, quem sabe, com 2018, nesse seleto grupo”.

Vertimento

A  expectativa é verter neste sábado (3), a partir das 20h. Para este domingo  (4)  devem passar pelo vertedouro cerca de 2 mil metros cúbicos de água  por  segundo. O vertedouro tem três calhas: a esquerda, a central e a direita, por onde deve ocorrer o escoamento, num total de 14 comportas.

O  reservatório  de  Itaipu,  com  170 quilômetros de extensão e área total  de  1.350 quilômetros quadrados, pode armazenar 29 bilhões de metros cúbicos de água.

O vertedouro, por onde é escoada a água não utilizada para a produção de  energia,  tem  capacidade máxima de descarga de 62,2 mil metros cúbicos por  segundo,  superior à maior cheia já registrada no Rio Paraná, em 1992, quando a vazão atingiu 49 mil metros cúbicos por segundo.

O  escoamento do excedente de água não usada na geração previsto para este domingo mostra a sinalização do início do ciclo chuvoso, que já chegou por  aqui, mas em especial nos demais reservatórios na Bacia do Rio Paraná. São mais de 40 acima de Itaipu. 

Além  da  melhoria do ciclo chuvoso, capacidade técnica e coordenação com  parceiros  em  toda a cadeia de produção e transmissão, a demanda pela energia  de  Itaipu  tem  aumentado  tanto  do  lado  brasileiro  quanto do Paraguai.

(Assessoria)

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